Bestiário Tradicional Português

Monstros há muitos, mas estes são cá da terra. Cresceram em lendas e histórias por todo o país, umas vezes para encantar, outras para assustar. Passaram de geração e geração e não é raro ouvir-se um avô e uma avó mais atentos a dizer que ainda ontem viram uma “Maria Gancha”, uma “Avantesma” ou “O Homem do Saco”.

Mas não se preocupem, os alunos do 3.º e 4.º anos da Escola de São José provaram que não têm medo de nada, muito menos de monstros que comem crianças desobedientes ou mal comportadas, pois eles não sabem o que isso pode ser, sobretudo na parte que diz respeito ao mau comportamento.

Apenas os move uma curiosidade insaciável por monstros de todas as formas e feitios. Na passada quarta-feira, tiveram a oportunidade de partilhar esse gosto com o escritor Nuno Valente, que visitou a Escola de São José em mais uma iniciativa da Biblioteca da Associação de Pais.

Depois de quatro anos de recolha, o Nuno Valente publicou, em 2016, um “Bestiário Tradicional Português”, onde se pode encontrar os seres mais fabulosos. Na apresentação que fez, também ela monstruosa à sua maneira, pela qualidade que demonstrou e pela forma como cativou os alunos, deu a conhecer as suas fontes de informação, o seu trabalho de pesquisa e a melhor forma de observar estes seres por vezes muito pequenos, noutros casos tão grandes que ainda se tornam mais invisíveis.

E os alunos não tiveram mesmo medo? Pelo contrário! Responderam na mesma moeda e mostraram os monstros que eles próprios criaram depois de terem lido, na semana passada, nas suas turmas, este “Bestiário Tradicional Português”. Foi um combate épico de figuras lendárias. No fim, ganhou a imaginação.

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